aumento na tarifa de energia

 

 

Governo autoriza novo
reajuste na conta de luz 

 

Os aumentos na conta de luz vão começar a pesar a partir de março.


    A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) propôs que as distribuidoras repassem aumentos de 19,97% para os consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e de 3,89% para os estados do Norte e do Nordeste. Os aumentos vão ser repassados para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um fundo que cobre subsídios de tarifas da população de baixa renda, como o Luz para Todos, por exemplo.

    O Tesouro Nacional ajudava a bancar esse fundo e decidiu que, neste ano, não fará mais isso. Para manter esses subsídios, serão necessários R$ 23 bilhões e quem vai pagar agora é o consumidor.

    Mas o percentual de reajuste na conta vai ser ainda maior. O repasse da CDE é apenas uma parte de um aumento extra que as distribuidoras pediram e a Aneel aceitou.

    No cálculo total vão ser incluídos, também, a elevação do preço da energia de Itaipu e o preço dos últimos leilões de energia. Nesse caso, cada distribuidora terá um percentual diferente de reajuste.

    Tem ainda outro reajuste previsto para março: o das bandeiras tarifárias, que começaram a valer em janeiro. As bandeiras devem passar a cobrir o chamado 'risco hidrológico', que é a geração menor das usinas hidrelétricas em função dos períodos de pouca chuva. Quanto disso vai sobrar para o consumidor, a Aneel diz que ainda não sabe, mas deve divulgar o cálculo, no máximo, até a próxima semana.

    A Aneel aprovou também o reajuste na tarifa de sete distribuidoras que atendem consumidores em regiões de São Paulo, Paraíba e Amapá. O índice varia de acordo com a empresa e o tipo de consumo, o menor aumento anunciado foi de 8,8% e o maior chega a 48,8%.

Fonte: G1

 

 

 

ANEEL amplia possibilidades para micro e minigeração distribuída


A previsão é que até 2024 cerca de 1,2 milhão de 

unidades consumidoras passem a produzir sua própria energia
 

    A diretoria da ANEEL aprovou, nesta terça-feira (24/11), aprimoramentos na Resolução Normativa nº 482/2012 que criou o Sistema de Compensação de Energia Elétrica, permitindo que o consumidor instale pequenos geradores (tais como painéis solares fotovoltaicos e microturbinas eólicas, entre outros) em sua unidade consumidora e troque energia com a distribuidora local com objetivo de reduzir o valor da sua fatura de energia elétrica.

    Segundo as novas regras, que começam a valer a partir de 1º de março de 2016, será permitido o uso de qualquer fonte renovável, além da cogeração qualificada, denominando-se microgeração distribuída a central geradora com potência instalada até 75 quilowatts (KW) e minigeração distribuída aquela com potência acima de 75 kW e menor ou igual a 5 MW (sendo 3 MW para a fonte hídrica), conectadas na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.

    Quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia consumida naquele período, o consumidor fica com créditos que podem ser utilizados para diminuir a fatura dos meses seguintes. De acordo com as novas regras, o prazo de validade dos créditos passou de 36 para 60 meses, sendo que eles podem também ser usados para abater o consumo de unidades consumidoras do mesmo titular situadas em outro local, desde que na área de atendimento de uma mesma distribuidora. Esse tipo de utilização dos créditos foi denominado “autoconsumo remoto”.

    Outra inovação da norma diz respeito à possibilidade de instalação de geração distribuída em condomínios (empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras). Nessa configuração, a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos em porcentagens definidas pelos próprios consumidores.

    A ANEEL criou ainda a figura da “geração compartilhada”, possibilitando que diversos interessados se unam em um consórcio ou em uma cooperativa, instalem uma micro ou minigeração distribuída e utilizem a energia gerada para redução das faturas dos consorciados ou cooperados.

    Com relação aos procedimentos necessários para se conectar a micro ou minigeração distribuída à rede da distribuidora, a ANEEL estabeleceu regras que simplificam o processo: foram instituídos formulários padrão para realização da solicitação de acesso pelo consumidor.  O prazo total para a distribuidora conectar usinas de até 75 kW, que era de 82 dias, foi reduzido para 34 dias. Adicionalmente, a partir de janeiro de 2017, os consumidores poderão fazer a solicitação e acompanhar o andamento de seu pedido junto à distribuidora pela internet.

    A Agência acompanhará de perto a implantação das novas regras do Sistema de Compensação e prevê que até 2024 cerca de 1,2 milhão de unidades consumidoras passem a produzir sua própria energia, totalizando 4,5 gigawatts (GW) de potência instalada.

    Desde a publicação da Resolução em 2012 até outubro deste ano, já foram instaladas 1.285 centrais geradoras, sendo 1.233 (96%) com a fonte solar fotovoltaica, 31 eólicas, 13 híbridas (solar/eólica), 6 movidas a biogás, 1 a biomassa e 1 hidráulica.  (DV/DB)

 

Fonte: ANEEL